O presidente Donald Trump cumpriu a promessa e ordenou na última terça-feira (14) a suspensão do financiamento do Estados Unidos para a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com Trump, o repasse está suspenso até que seja avaliado o papel da agência na condução da pandemia vírus chinês.
Em entrevista coletiva na Casa Branca, Trump disse que a OMS tinha “falhado em seu dever básico e deve ser responsabilizada”. Ele disse que o grupo tinha promovido “desinformação” acerca da China sobre o vírus, o que provavelmente levou a um surto mais amplo do que deveria ter ocorrido.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, se pronunciou nesta quarta-feira (15) sobre o corte de verba dos Estados Unidos. Ele lamentou a decisão e disse que ainda não tem uma avaliação sobre o impacto financeiro da medida. "Lamentamos a decisão do presidente dos Estados Unidos de ordenar uma suspensão no financiamento à OMS", disse, lacônico.
Na semana passada, Trump, subiu o tom contra a OMS e criticou a entidade. Em post publicado em suas redes sociais, Trump acusou a entidade de estar centrada na China, embora seja financiada pelos EUA.
“A OMS realmente estragou tudo. Por alguma razão, financiada em grande parte pelos Estados Unidos, mas muito centrada na China. Daremos uma boa olhada nisso. Felizmente, rejeitei o conselho deles de manter nossas fronteiras abertas à China desde o início. Por que eles nos deram uma recomendação tão falha?”, escreveu o presidente norte-americano.
Logo depois das críticas do presidente norte-americano, o deputado republicano Guy Reschenthaler apresentou uma resolução exigindo que o Congresso dos Estados Unidos retenha o financiamento da OMS até que seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, renuncie o seu posto.
A medida, que é copatrocinada por mais de 20 republicanos, também pediu uma investigação abrangente sobre o suposto papel da OMS em ajudar o Partido Comunista Chinês a encobrir sua responsabilidade na pandemia do coronavírus que se originou em Wuhan, na China.
Os Estados Unidos não são o único país insatisfeito com a postura da OMS, especialmente de Tedros Adhanom. O vice-primeiro ministro japonês, Tarō Asō, afirmou que se a OMS não tivesse insistido que a China não tinha epidemia de “pneumonia, todos os países teriam tomado precauções e evitado que a crise se alastrasse. Tarō Asō disse ainda que a agência deveria mudar seu nome para “Organização Chinesa da Saúde”.